sexta-feira

Aula sobre a liberdade - UL6

I- Motivação - peça representada por mímica

Apenas lê o narrador de forma lenta e com voz teatral. As personagens reagem ao texto com gestos lentos. Acompanhar com música clássica de fundo.





Texto:

"Era uma vez um homem como todos os outros. Um homem normal. Com qualidades e defeitos. Não era diferente.

Um dia bateram-lhe repentinamente à porta. Quando abriu, encontrou os seus amigos. Eram vários e tinham vindo juntos.

Os amigos ataram-lhe as mãos.

Depois, disseram-lhe que assim era melhor; que assim com as mão atadas, não poderia fazer nada de mal (mas esqueceram-se de dizer que também não poderia fazer nada de bom).

Foram-se embora, deixando um guarda à porta, para que ninguém lhe desatasse as mãos.

A princípio, desesperou e procurou cortar as cordas.

Quando se convenceu da inutilidade dos seus esforços, procurou, pouco a pouco, acomodar-se à nova situação.

Pouco a pouco, conseguiu arranjar-se para continuar a subsistir com as mãos atadas. Inicialmente, custava descalçar-se. Mas, um dia, conseguiu até enrolar e acender um cigarro. E começou a esquecer-se de que antes tinha as mãos livres.

Passaram-se muitos anos. O homem acostumou-se às mãos atadas. Entretanto, o seu guarda comunicava-lhe as coisas más que faziam lá fora os homens com as mãos livres (esquecia-se de dizer que também faziam muitas coisas boas).

Continuaram a passar os anos. O homem que se acostumou às mãos atadas começou a acreditar que era melhor viver assim.

Estava tão acostumado às ligaduras...

Um dia, os amigos surpreenderam o guarda, entraram e cortaram as ligaduras que prendiam as mãos. Já és livre, disseram-lhe.

Mas tinham chegado demasiado tarde.

As mãos daquele homem estavam totalmente atrofiadas."

II- Debate

Tópicos:

1 - Qual a mensagem profunda desta parábola?

2 - Conheceis situações concretas parecidas com esta parábola?

3 - Quantos de nós vivem de "mãos" atadas?

4 - A quantos de nós foi dada liberdade tarde demais?

5 - Quantos de nós têm as "mãos" atrofiadas?

6 - Quantos de nós acham normal ter as "mãos" atadas?

7 - Quantos de nós se acomodam a ter "mãos" atadas?

8 - Quantos de nós sabem aproveitar a liberdade que têm?

Poderia fazer mil e uma perguntas... só gostaria que ao lerem esta parábola pudessem reflectir no que vão ainda a tempo de mudar, de modo a sentirem-se melhor e talvez a procurarem entender quem ainda vive de "mãos" atadas em muita coisa, ou mesmo entenderem quem conseguiu soltar-se e tem as "mãos" atrofiadas.

III- Plenário - apresentação dos trabalhos de grupo

Em aulas anteriores, os jovens prepararam um trabalho de grupo:

Formato: Powerpoint, moviemaker, ...

Grupo 1: Redigiram os Estatutos do Homem livre.

Artigo 1: Fica decretado que...

From ser livre-moral em alta

Grupo 2: Redigiram os 1o Mandamentos do Homem livre.

Grupo 3: Diapositivos/fotografias: "Ser livre é ..."

From ser livre-moral em alta

Grupo 4: Palavras cruzadas com sinónimos de liberdade.

Grupo 5: Canção da Liberdade. Uma letra nova para uma melodia conhecida.

Para mim hoje é Janeiro
está um frio de rachar
nunca mais chega Abril
para a liberdade disfrutar

A primavera da vida
é bonita de viver
com a liberdade à porta
vai ser tudo a renascer

Passo horas em casa,
sem saber para onde ir
tudo à volta é tão feio,
só me apetece fugir

Vejo-me aprisionado
neste mundo derrotado
quando a liberdade chegar
aí o mundo irá mudar.

A primavera da vida
é bonita de viver
com a liberdade à porta
vai ser tudo a renascer

Cada grupo apresenta as suas conclusões da forma mais brilhante possível.

IV- A fechar...



quarta-feira

Decálogo para crescer em Paz; Serenidade



DECÁLOGO DA SERENIDADE


CARTA DO SANTO PADRE JOÃO PAULO II A TODOS OS
CHEFES DE GOVERNO DO MUNDO
COM O "DECÁLOGO DE ASSIS PARA A PAZ"


A Suas Excelências os Chefes de Estado ou de Governo

Há precisamente um mês que foi realizado em Assis o Dia de oração pela paz no mundo. Hoje, o meu pensamento dirige-se espontaneamente para os responsáveis da vida social e política dos países que ali estavam representados pelos chefes religiosos de numerosas nações.

As intervenções inspiradas destes homens e mulheres, representantes das diversas confissões religiosas, assim como o seu desejo sincero de trabalhar a favor da concórdia, da busca comum do verdadeiro progresso e da paz no seio de toda a família humana, encontraram a sua expressão nobre e concreta num "decálogo" proclamado na conclusão desse dia excepcional.

Tenho a honra de enviar o texto deste compromisso comum a Vossa Excelência, convencido de que estes dez propósitos poderão inspirar a acção política e social do seu governo.

Pude verificar que os participantes no encontro de Assis estavam animados como nunca por uma convicção comum: a humanidade deve escolher entre o amor e o ódio. E todos, enquanto membros da mesma família humana, souberam traduzir esta aspiração através deste decálogo, persuadidos de que o ódio destrói, o amor, ao contrário, edifica.

Faço votos para que o espírito e o compromisso de Assis levem todos os homens de boa vontade a procurar a verdade, a justiça, a liberdade, o amor, para que toda a humanidade possa gozar destes direitos inalienáveis, e cada povo, da paz. Por seu lado, a Igreja católica, que deposita a sua confiança e esperança no "Deus da caridade e da paz" (2 Cor 13, 11), continuará a empenhar-se para que o diálogo leal, o perdão recíproco e a concórdia mútua assinalem o caminho dos homens neste terceiro milénio.

Reconhecido a Vossa Excelência pelo interesse que se dignar prestar à minha Carta, aproveito esta ocasião para lhe confirmar a minha mais elevada estima.

Vaticano, 24 de Fevereiro de 2002.

O Decálogo de Assis para a Paz

1. Comprometemo-nos a proclamar a nossa firme convicção de que a violência e o terrorismo estão em oposição com o verdadeiro espírito religioso e, ao condenar qualquer recurso à violência e à guerra em nome de Deus ou da religião, empenhamo-nos em fazer tudo o que for possível para desenraizar as causas do terrorismo.

2. Comprometemo-nos a educar as pessoas no respeito e na estima recíprocos, a fim de poder alcançar uma coexistência pacífica e solidária entre os membros de etnias, culturas e religiões diferentes.

3. Comprometemo-nos a promover a cultura do diálogo, para que se desenvolvam a compreensão e a confiança recíprocas entre os indivíduos e entre os povos, pois são estas as condições para uma paz autêntica.

4. Comprometemo-nos a defender o direito de todas as pessoas humanas de levar uma existência digna, conforme com a sua identidade cultural, e de fundar livremente uma família que lhe seja própria.

5. Comprometemo-nos a dialogar com sinceridade e paciência, não considerando o que nos divide como um muro insuperável, mas, ao contrário, reconhecendo que o confronto com a diversidade do próximo pode tornar-se uma ocasião de maior compreensão recíproca.

6. Comprometemo-nos a perdoar-nos reciprocamente os erros e os preconceitos do passado e do presente, e a apoiar-nos no esforço comum para vencer o egoísmo e o abuso, o ódio e a violência, e para aprender do passado que a paz sem justiça não é uma paz verdadeira.

7. Comprometemo-nos a estar da parte de quantos sofrem devido à miséria e ao abandono, fazendo-nos a voz dos que não têm voz e empenhando-nos concretamente para sair de tais situações, convictos de que, sozinhos, ninguém pode ser feliz.

8. Comprometemo-nos a fazer nosso o brado de todos os que não se resignam à violência e ao mal, e desejamos contribuir com todos os nossos esforços para dar à humanidade do nosso tempo uma real esperança de justiça e de paz.

9. Comprometemo-nos a encorajar qualquer iniciativa que promova a amizade entre os povos, convictos de que, se não há um entendimento solidário entre os povos, o progresso tecnológico expõe o mundo a riscos crescentes de destruição e de morte.

10. Comprometemo-nos a pedir aos responsáveis das nações que façam todos os esforços possíveis para que, quer a nível nacional quer internacional, seja edificado e consolidado um mundo de solidariedade e de paz fundado na justiça.

terça-feira

'tás "in"?!!!

1 a 5 de Abril - Matalascañas/Isla Mágica (Sevilha) - Ensino Secundário. Já te inscreveste? ah... eu sabia que eras inteligente!!!...







Ex.mo(a) Sr.(a) Encarregado de Educação.
No intuito de sensibilizar os alunos para diferentes sinais e formas que revelam a procura de Deus pela pessoa humana, reforçar os laços de amizade existentes entre eles e proporcionar um tempo de convívio, convidamos o seu educando a participar nesta visita de estudo que se realiza de 1 a 5 de Abril do presente ano.
O preço da participação na actividade é de 130 euros. (inclui: viagem de autocarro, hotel***, 2 pequenos-almoços, 2 almoços e 2 jantares). Pagamento a cumprir:
35€ até dia 20 de Fevereiro (reserva);
95€ até dia 20 de Março;
No dia 4 de Abril, as refeições na Isla Magica ficam a cargo do aluno.
Agradecendo desde já a sua receptividade, despedimo-nos com os melhores cumprimentos,
____________________
(O professor de E.M.R.C.)




Dia 1 de Abril
22:30h. – Concentração na escola
23:00h. – Saída da escola
Dia 2 de Abril
9:00h. – Chegada ao “Hotel Flamero” - (Praia de Matalascañas)

http://matalascanas.costasur.com/
10:00h. – Jogos Praia
12:30h. – Almoço (incluído)
13:30h. – Tempo livre
16:00h. – Praia
18:30h. – Regresso ao Hotel/Lanche/Higiene pessoal
20:30h. – Jantar (incluído)
00:00 – Recolher
Dia 3 de Abril
8:30h. – Levantar
9:00h. – Pequeno almoço (incluído)
9:30h. – Jogos Praia
12:30h. – Almoço (incluído)
13:30h. – Tempo livre
15:00h. – Praia
18:30h. - Regresso ao Hotel/Lanche/Higiene pessoal
20:30h. – Jantar (incluído)
00:00h. – Dormida
Dia 4 de Abril
8:00h. –Pequeno almoço (incluído)
9:00h – Partida para Sevilha
Isla Mágica com refeições por conta do aluno

http://www.islamagica.es/
22:30h. – Regresso a Portugal
Dia 5 de Abril
9:00h – Chegada à escola

sexta-feira

Eutanásia

Eutanásia (do grego ευθανασία - ευ "bom", θάνατος "morte") é a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida por um especialista.
A eutanásia representa actualmente uma complicada questão de
bioética e biodireito, pois enquanto o Estado tem como princípio a protecção da vida dos seus cidadãos, existem aqueles que, devido ao seu estado precário de saúde, desejam dar um fim ao seu sofrimento antecipando a morte.





Million dollar baby

Tradição é tradição

Tradição É tradição/East Is East
Realizado por Damien O'Donnell Reino Unido, 1999 Cor – 96 min.
Com: Om Puri, Linda Bassett, Jordan Routledge, Achie Panjabi, Emil Marwa, Chris Bisson, Jimi Mistry, Raji James, Ian Aspinall, Lesley Nicol, Emma Rydal, Ruth Jones

Início dos anos 70. Em Salford, Inglaterra, George Kahn (Puri), um imigrante paquistanês, dono de uma loja de “fish and chips”, casado com uma britânica, Ella (Bassett), quer educar os seus (sete) filhos à maneira tradicional, algo tolerado pela esposa, até certos limites. O casamento combinado para o mais velho, Nazir (Aspinall), corre bem até ao momento em que este decide fugir. Os ânimos do patriarca não esfriam e decide casar Tariq (Mistry) e Abdul (James) de uma só vez. O conflito entre a tradição paquistanesa e a realidade de um bairro operário britânico gera algumas situações de tensão, mas a atmosfera geral é de humor.
O à-vontade com que se criam situações humorísticas, com base no confronto entre as diferenças entre uma cultura ocidental (a Inglaterra dos anos 70) e outra oriental (o Paquistão tradicional), sem grandes preocupações com o “respeito” pelos dogmas de uma ou de outra.
Os jovens “paquistaneses” rejeitam a sua herança cultural, sem a auto-consciência desse acto. Ou seja, perante os olhos do patriarca, quando recusam vestir certas roupas ou ao rejeitam um casamento negociado pelos pais dos noivos, é precisamente isso o que eles estão a fazer, mas eles afirmam-se britânicos não por despeito às suas origens, mas simplesmente porque ali nasceram e não entendem por que razão hão-de estar presos à terra do pai. George Kahn nega, para lá dos mais razoáveis limites – afinal ele próprio casou com uma mulher inglesa – que a imposição plena da sua cultura, sem adaptações, sem cedências, aos seus descendentes, possa vir a impossibilitar a sua normal integração na comunidade onde estão inseridos.






















  1. O que é para ti a religião?
  2. Que diferenças encontras no filme entre o Cristianismo e o Islamismo?
  3. (Des)Vantagens de "ser paquistanês" em Inglaterra.
  4. "A sociedade e a religião muitas vezes parecem não caminharem juntas." Comenta a afirmação.
  5. O que sabes sobre o Islamismo?

segunda-feira

Bullying - vamos acabar com a violência nas escolas, e fora dela também ...

Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2009

Bullying: 6 sinais de alerta

Os pais têm um importante papel a desempenhar de modo a prevenir esta situação. É sabido que habitualmente os alvos do Bullying possuem uma característica qualquer que a torna vítima fácil. De facto, são obesas, com uma qualquer dificuldade de expressão, (por exemplo, gaguez), com tiques, timidez ou demasiado extrovertidos, usam óculos… ou seja, de alguma forma o jovem foge aos padrões normativos.
Assim sendo, um pai que tenha um filho com alguma destas características tem de ficar atento para o surgimento de alguns sinais/sintomas de alerta. Assim se o seu filho …
1) É muitas vezes alvo de brincadeiras de mau gosto

2)Tem alguma alcunha um pouco “maldosa”

3)Ultimamente recusa-se a ir à escola, sem um motivo aparente

4)Perde coisas, ou desaparecem-lhe coisas ou mesmo dinheiro, sem justificação

5)Não tem amigos

6)Ultimamente está muito sensível às brincadeiras e reage agressivamente ou chora incontrolavelmente


O que fazer?


Não se deve incentivar a criança/jovem vitima a ser a ser assertiva, nem tampouco a desvalorizar o que aconteceu, a manter-se indiferente às agressões. A sua auto-estima já está tão destruída que sentir-se-á cada vez mais fracassado.
Há que explicar-lhe que é natural sentir medo e vergonha, mas que deve ser capaz de falar sobre o que está a acontecer para que o possam ajudar. Para além disso, é preciso acentuar que não tem culpa alguma naquilo que aconteceu, já que muitas vezes as vitimas consideram que fizeram algo que despoletou a agressão, pelo que carregam este pesado fardo.
É também importante chamar a atenção dos professores e marcar uma reunião com os pais do agressor, pedindo-lhes ajuda para a resolução da situação. Tanto a vítima de Bullying como o agressor, deverão ser alvo de um acompanhamento psicológico.
A vítima tem necessidade de recuperar a sua auto-estima e livrar-se do trauma que sofreu. Quanto ao agressor, é fácil perceber que um jovem que inflige dor a outro para seu bel-prazer, não pode estar emocionalmente equilibrado...


Postado por Luísa
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sexta-feira

Cine-mea Tropa de elite


Tropa de Elite de José Padilha com Wagner Moura, André Ramiro, Caio Junqueira, Maria Ribeiro Brasil, 2007, 117 min., M/16

Conheceremos nós o mundo que nos rodeia? Confiamos naqueles que nos protegem enquanto cidadãos? Que atitudes aceitamos para manter a segurança e para combater o crime?"Tropa de Elite" despe a realidade brasileira sobre o tráfico, o crime e a vida dos homens que o combatem. Não é fácil olhar para a realidade, nua e crua, que se vive actualmente no Rio de Janeiro. Desejos, comportamentos e linguagens de mundos diferentes misturam-se no sistema do tráfico e do crime.A comunicação entre diferentes “mundos” é difícil. Enquanto uns procuram sair da sua situação de miséria colaborando no tráfico, outros refugiam-se no consumo de drogas para preencher o vazio das suas rotinas. Enquanto uns se deixam corromper no tráfico, outros entregam-se à justiça a qualquer preço. Estas diferenças reflectem as enormes disparidades dos níveis de rendimento, educação e das oportunidades de vida.Sinto-me impotente perante esta realidade. Por isso, acabo por ver a violência como um meio natural, uma alternativa aceitável. Vejo como a exclusão, a fragmentação social, a precariedade, a ausência de perspectivas conduzem à violência. Ou será que é a violência que fomenta estas realidades sociais?A violência conquista, impõe, destrói. Mas qual é a alternativa? O Homem parece transformar-se no seu próprio lobo. E isso assusta-me. Assusta-me assistir a um drama sem heróis, onde todos são vítimas impotentes da realidade que os ultrapassa.
Andreas Lind, SJ