quarta-feira

Liberdade Moral: Qual o papel dos pais?

“Acreditas em Deus e vais para o Céu, se não acreditares, o Inferno espera por ti!”

Esta expressão geralmente é utilizada pelos catequistas que tiveram uma educação religiosa mais extrema, mais salazarista se assim o preferirem, e por causa dessa educação os catequistas vão manter essa maneira de pensar, mas não os devemos culpar por causa disso porque eles não têm culpa. Foram os pais deles que os obrigaram a ter essa forma de estar. Mas e quem não é catequista?
Certamente não querem que o filho tenha uma educação tão severa. Os pais quererão dar mais liberdade aos filhos, liberdade essa que não tiveram quando eram da idade deles. Até é desculpável!... Dão liberdade ao filho, mas não dão o exemplo deles e isso é muito importante porque, para os jovens, o exemplo dos pais é fulcral para conceberem uma forma sã de ser e estar em sociedade. Assim sendo, como, por exemplo, os pais denominados cristãos não praticantes vão incutir valores cristãos aos filhos?
“Ir à missa para quê? Se nem os meu pais vão…. Não vale a pena.”. Chega a idade de entrar na catequese e vêm os amigos a entrarem, ficam interessados e pedem aos pais para entrarem. Os pais fazem a vontade aos filhos e põe-nos na catequese de boa vontade visto que foram os filhos que pediram para entrar. No primeiro dia de catequese, eles aparecem e fazem novos amigos e até gostam daquilo que vêm. Vem a segunda semana e eles conhecem o catequista deles e tem o azar de ser um dos catequistas que receberam a “educação conservadora”. O problema destes catequistas é que repetem sempre a mesma coisa vezes sem conta: “Fazes pecados e vais para o inferno” e as crianças começam a imaginar coisas, já que a imaginação deles é muito fértil, e começam a ter medo. Chegam a casa e perguntam aos pais por mais quanto tempo tem que continuar na catequese e eles para não serem muito severos pedem para aguentarem até à primeira comunhão. Os pais esquecem-se novamente de outra coisa… a primeira comunhão serve como uma ponte para os outros grupos como: o grupo de jovens, grupo de escuteiros, os catequistas, entre outros. Os pais vêem os filhos a crescerem na vida sem religião e com pouca educação a seguirem maus caminhos que já começam a ser hábito.
Antes de culparem o pedagogo pela não educação do filho, será que se vão lembrar do bom exemplo que não deram? Poderá ser este texto incomodativo para muitos, mas que sirva antes para os pais pensarem. Qual é o meu verdadeiro papel na formação dos adultos de amanhã?

Sem comentários: